PROTOCOLO FISIOTERAPEUTICO DE MEMÓRIA PARA IDOSOS INTITUCIONALIZADOS: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS EM UM PROJETO DE EXTENSÃO

29-05-2014 01:12

Evento: XIII ENCONTRO DE PESQUISA DO CURSO DE FISIOTERAPIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

Autores: Antônio Lucas Oliveira Góis, Rebeca de Oliveira Rocha, Antônio Éder Albuquerque Teixeira e Raimunda Hermelinda Maia Macena.

 

Introdução: O envelhecimento é um estado fisiológico e evolutivo do ser humano. A ocorrência de modificações anatômicas, estruturais e funcionais exigem que as atividades da vida diária (AVD) sejam modificadas. A capacidade de lembrança de fatos e situações, assim como à história da própria vida são queixas frequentes entre pessoas idosas. Ações que contemplem os déficits de memória, com a grande variação de sintomas que produzem, exige uma abordagem multidisciplinar com médicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, visando promover ao idoso e à sua família, uma melhor qualidade de vida. Objetivo: Relatar a experiência na concepção e execução de um protocolo fisioterapêutico em promoção da memória de idosos residentes em duas Instituição de Longa Permanência (ILP) em Fortaleza-CE. Métodos: Relato de experiência da prática discente-assistencial de abordagem descritiva-qualitativa realizado em Setembro de 2013 através do Projeto de Extensão Promoção da Saúde Old (PROSA Old). Participaram 15 idosos (ILPI1= 10 e ILPI2= 05) com idades entre 70 e 90 anos, residentes há pelo menos doze meses na ILPI e que não possuíam diagnostico medico confirmado de alterações demenciais. O protocolo foi elaborado e aplicado por dois fisioterapeutas, preceptores, e quatro alunos, sendo executado pelos alunos com supervisão técnica-científica e metodológica da coordenadora do preceptores. O protocolo fisioterapêutico consistiu em duas etapas com as seguintes ações: Triagem das idosas para seleção das mais aptas para a execução do protocolo. Em seguida, um questionário, com perguntas objetivas, fora realizado pelos preceptores e extensionistas, testando a capacidade de lucidez e memória dos idosos. A teoria do aprendizado situado de Lave & Wenger serviu como eixo teórico para construção do protocolo. Os dados são oriundos dos relatórios de campo das ações desenvolvidas a partir da sequência já descrita. Resultados: Há um déficit cognitivo em idosos que consiste em lentidão leve, generalizada e perda de precisão nas situações do cotidiano. As principais dificuldades para construção do protocolo foram um número escasso de idosos aptos ao protocolo e a necessidade de maiores locais para serem avaliados. Ao final da aplicação do protocolo as idosas relataram maior capacidade de memória nas atividades diárias e consequentemente melhoria da qualidade de vida. Conclusão: O planejamento e a implementação de ações de promoção da memória para idoso, a partir do conhecimento de suas individualidades permite contribuir para uma melhora na QV.

Palavras-chave: Idoso. Memória. Fisioterapia.